Em uma fase da vida cujas mudanças corporais, hormonais e comportamentais são uma constante, a insatisfação com a própria fisionomia, ainda em desenvolvimento, é algo comum entre adolescentes. As correções estéticas oferecidas pela cirurgia plástica promovem o aumento da autoestima e a inserção do indivíduo em atividades sociais. Entretanto, como saber qual o momento ideal para realizar uma intervenção cirúrgica? Como identificar o que é necessidade e o que não passa de um desejo momentâneo? Como lidar com as expectativas e motivações dos jovens pacientes? Afinal, o adolescente pode ou não se submeter a uma cirurgia plástica?
Os procedimentos mais requisitados são a mamoplastia (redutora e de aumento), lipoaspiração, rinoplastia (plástica do nariz) e otoplastia (correção das orelhas). Geralmente, a procura pelo cirurgião plástico se dá quando algum destes elementos interfere na saúde e bem-estar do paciente: problemas de coluna, respiratórios, orelhas de “abano”, etc. Entretanto, é preciso atentar para as motivações que realmente levam o adolescente a manifestar o descontentamento com a própria imagem.
Deve-se ter em mente que se trata de um período de grande e rápida transformação da fisionomia, em que o corpo nem sempre atinge proporções harmônicas. Influências externas provenientes de meios de comunicação, opinião de amigos e a busca por um padrão de beleza idealizado são fatores que devem ser observados e considerados pelos pais no momento de apoiar a opção pela cirurgia plástica. É fundamental que o jovem possua estrutura psicológica para fazer a escolha com consciência e que saiba lidar com as próprias expectativas a respeito da mudança.
Uma vez tomada a decisão, é preciso se certificar de que o procedimento seja feito em um Centro Cirúrgico Hospitalar e realizado por cirurgiões especialistas, credenciados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A avaliação pré-anestésica com um dos médicos anestesistas da equipe é essencial e garantida por lei.